sábado, 14 de junho de 2008

Estúpido Cupido

As pessoas compram como loucas.
Assim como o Natal, esse é mais um daqueles dias seqüestrados pelo materialismo.
Não que eu tenha algo contra presentes. Mas uma pessoa sai na rua na semana do dia dos namorados e tudo o que se vê é aquela névoa tóxica do comércio.
Uma tonelada de anúncios diferentes com um único significado – quanto vale o seu amor?
Como se o que sente por alguém fosse mensurável através de um objeto...
E ainda assim, mesmo que se deseje fazer um mimo, tangibilizar uma minúscula parte do que sentimos, as coisas mais simples, tolas e baratas conseguem chegar mil vezes mais perto de fazer feliz do que um presente caro.
Sequer posso explicar o amor com palavras. Quanto mais medi-lo com coisas.
Ao contrário, o sinto como algo que chega livre, que se instala de graça, que não se importa com frivolidades. Que transcende.

Sei que o dia já passou e que esta postagem está meio atrasada...
Mas, em seu verdadeiro significado, todos os dias podem ser doze de junho, afinal.

1 comentário(s):

João M. A. da Silva disse...

O comércio esta sempre de boca aberta para o dinheiro!