Há tempos que nós, meus amigos e eu, pregamos a importância da existência do trote na faculdade.
Nossa faculdade, dirigida por um humanista e pacifista sem igual, idealizador de um mundo melhor e tudo o mais, proibiu o trote nos novatos, carinhosamente chamados de BIXOS, através de uma portaria que inclui todo o Centro Paula Souza, administrador das Faculdades de Tecnologia no Estado de São Paulo.
Infelizmente, o que parecia proporcionar uma melhora na convivência acabou por segregar as turmas, a ponto de um primeiro semestre não ter contato com o segundo, por exemplo. Eu, no meu dia de trote, fiz algumas "amizades", ou melhor, conheci gente de outros semestres, e eles se dispõe a me ajudar em problemas tanto de conteúdo de disciplina quanto de convivência com professores, além de mostrarem para mim como a FATEC de Guaratinguetá funciona em sua administração.
Já os meus bixos, que não puderam receber um trote (que, aliás, nem é violento, não passando de pintar os bixos com tinta guache, respeitando SEMPRE aqueles que não são chegados em brincadeiras, e de vez em quando uma alua-trote) e ficaram anti-sociais, por assim dizer.
Em suma, acreditamos, meus amigos e eu, que o trote é capaz de "educar" os novatos quanto ao funcionamento dos relacionamentos interpessoais (essa foi para o Severino, nosso diretor), e impor a eles limites que estabelecem a boa convivência entre as pessoas, a educação necessária para manter um ambiente sadio, saudável e gostoso, e o respeito que eles devem ter por quem já está na faculdade, e que, na maioria das vezes (aproximadamente 99,999% das vezes) sabe mais que ele das disciplinas do curso.
Espero ansiosamente pelo dia em que os bixos poderão ser educados e ensinados por todos nós, veteranos, no primeiro dia de aula, até porque todos merecem e deveriam ter pelo menos uma aula-trote na vida.
Sem mais, encerro.
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