sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Eleições

Dessa vez, falemos um pouco sério, para variar.


O assunto é extremamente chato, e extremamente importante. Tratemos de eleições.


Note-se que não vou falar de política, mas de eleições. Não vou dizer o que cada candidato fez, fará ou deixará de fazer, mas do modo como eles estão expondo suas feituras passadas, presentes e futuras.


Estamos a um mês exato do dia das votações, e fiquei satisfeito por não estar atolado até o joelho em panfletos políticos. Não sei se foi ordem superior ou se os candidatos resolveram agir mais educadamente no quesito divulgação, mas na minha cidade não há muito papel jogado pelo chão. Há alguns poucos, sim, mas bem menos do que era de se esperar em época de eleição.


Os “assessores de rua” simplesmente entregam o panfleto nas mãos das pessoas que, por sua vez, têm jogado essas porcarias nas lixeiras presentes nas ruas (poucas, por sinal. As lixeiras, não as ruas...)


Enfim, não me lembro se já divulguei um texto muito antigo, e se já o fiz farei novamente. Trata-se do Editorial do Abreu, e é o mais próximo de política que tratarei nesse blog. Os demais autores eu não sei, mas eu não gosto...



A HORA É ESSA!

O povo aguarda, perplexo, o momento das eleições.

E não só os que vão votar e ser votados, como também os vendedores de pipoca e algodão-doce. Os de churros, então...

O momento é grave. Mas poderia ser agudo ou circunflexo.

O momento começa e recomeça como o fluxo e refluxo, como a sístole e a diástole, que a terra lhe seja pesada. Como os medas e os persas e também os mais, agora fora do grande Lamas.

Mas do que queremos falar mesmo é das eleições. Pesquisas pipocam aqui e ali. E, nas três principais capitais do pais, dão o seguinte veredicto:

No rio, o perfil do candidato vencedor é o daquele que vencer nas urnas. Não por acaso, será o que for mais votado pela população. Em Belo Horizonte, os pobres pretendem votar nos candidatos populares e os ricos nos elitistas, ou o contrário. Nesse caso, dirão os jornalistas que houve surpresa. Já em São Paulo, a locomotiva do país que, como usuários de telefones, não encontra linha, a coisa está por se resolver. E só sera resolvida após apurado o ultimo voto. E aí o vencedor será conhecido como tal, quer queiram, quer não.

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Há que salientar o curioso fenômeno que vem ocorrendo com o Brasil nos últimos tempos. As pessoas deram para entender certos lances. E, baseados em tal entendimento, muitos cidadãos tomam medidas para por em prática o que julgam ser mais correto. Há também os dubitativos, a se perguntar: caso? não caso? As eleições servirão, quando nada, para que umas pessoas se posicionem com relação a isto, aquilo e aquiloutro. Ou então o contrário.

Quanto a nós, devemos confessar sinceramente que, com este editorial, acabamos perdendo uma grande chance. A chance de ficarmos calados. Em todo caso, vamos aguardar.


SYLVIO ABREU é autor do Editorial do Abreu.



Sem mais, encerro.

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