terça-feira, 12 de agosto de 2008

Desilusão

Vivemos num mundo cheio de informações e de conhecimento, onde aprender é tão fácil quanto ensinar. Ainda assim, com toda essa facilidade de aprendizado disponibilizada, há os que a ignoram.

Um exemplo é facilmente encontrado aqui.

O autor se gaba de ter vivido na França, escreve em latim (será que ele sabe mesmo?), mas não sabe que Beijing é o nome da cidade, porra? Não sabe que a Nadia Comaneci não se chama Nadja Komanetch? Não sabe que surgir não se escreve com jota? Ou que não podemos "reveindicar" nada?

E é esse o tipo de gente que quer me censurar...

A cada dia que passa eu me certifico que são escassas as pessoas inteligentes de verdade, e tenho a certeza de que elas são muito difíceis de se encontrar, pois pessoas inteligentes simplesmente são inteligentes, muitas vezes sem perceber nem se esforçar...

Sem mais, encerro.

7 comentário(s):

Dresa disse...

Tudo bem que não se saiba escrever corretamente o nome das pessoas... principalmente das pessoas romenas.

Mas puxa vida, já existe o você quis dizer... do Google. Em dois minutos a dúvida acaba.
Ou é muita preguiça de corrigir ou é muita pretensão - por achar que não é necessário verificar.

Quanto aos erros na própria lingua... acho que se uma pessoa se apresenta para escrever uma coluna, é porque tem condições para isso.
Ainda assim, consultar e revisar fazem parte do trabalho - ainda que você tenha que pedir para outra pessoa para fazer isso em seu lugar.

Se o indivíduo aceita a tarefa de escrever publicamente, pelo menos deveria fazer isso direito, sem desleixo.
Do contrário, as pessoas (pelo menos as que entendem) vão notar imediatamente seu despreparo, e quão limitado é o seu texto.

O pior é que esse tipo de pessoa, em geral, tem o ego elevadíssimo, tem plena consciência e orgulho de sua intelectualidade. Gosta de mencionar autores desconhecidos, de usar palavras incomuns aqui e ali, de dizer que tem muita cultura geral...
Tenho pena, porque essa gente não tem bases.
Primeiro vá reler os livros de Lingua Portuguesa da sexta série, depois venha com expressões em latim pra cima de mim. Porque título bonito não salva texto porcaria.

Influenza disse...

Puta que pariu!

Eu não diria melhor!

João M. A. da Silva disse...

Eu sou muito fraco no português também, acho a língua culta para os cultos, ou melhor, para aqueles "doutos" da Acadêmia Brasileira de Letras. (http://www.academia.org.br/)


Mas me parece que teremos que nos adequar também ao Novo Acordo da Língua Portuguesa:

http://frankherles.wordpress.com/2008/07/22/novo-acordo-ortografico-da-lingua-portuguesa/

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8276

Dresa disse...

João, na essência, não se trata de usar a norma culta ou a linguagem coloquial... em ambos os casos, surgir é com g e não j, e a palavra reveindicar, para a Lingua Portuguesa, ainda é novidade. E isso são só exemplos.

Não é preciso ser um Imortal para escrever bem. Menos ainda para escrever certo.
Não é difícil.

João M. A. da Silva disse...

Dressa, não estava me referindo ao erro ortográfico observado no post.

Apenas uma visão geral a respeito da minha deficiência e do alto nível que é o nosso português em relação por exemplo a língua inglesa.

A complexidade do nosso português não faz, por exemplo, que o Brasil seja uma potência como país. Muito menos que torne as nossas crianças amantes da leitura.

Mas lendo sobre as novas mudanças (no link: http://frankherles.wordpress.com/2008/07/22/novo-acordo-ortografico-da-lingua-portuguesa/). Penso que ficará mais simples (porém ainda rico) a nossa amada língua. Se os "doutos" não torcerem o nariz.

Att.,

João

Dresa disse...

Pois é, rapaz!
Algumas coisas a menos para nos preocuparmos, como os acentos...

Será que Purtugal aceita a mudança?

^^

Influenza disse...

Isso é muito importante!

Depende deles, na verdade...