Depois de três meses reverenciando a incompetência da Telefônica quase que diariamente, achei que já havia experimentado todas as modalidades de erros cometidos por eles. Mas enganei-me.
Descobri que o serviço de Hora Certa também não funciona - não tem nada de certa aliás. Era informada com apenas três horas de adianto...
Nem o relógio deles presta. Engraçado que eu não me surpreendi.
Pergunta-se o leitor se eu me daria mesmo ao trabalho de ligar só para conferir, já que sabemos que a página do meu histórico de protocolos abertos para reclamação na Central de Relacionamento Telefônica deve estar inteirando uns cinco quilômetros...
Mas nem foi assim. Ligar para ver as horas, às sete da manhã de domingo, foi puramente resultado da combinação de nada para fazer com nenhum sono. E a idéia nem foi minha ^^
E como reclamar da Telefônica já se tornou, para mim, um assunto repetitivo, vou avançar para os acontecimentos seguintes, porém o tema de alguma maneira se manterá.
Cedinho no domingo, quando não se vê praticamente ninguém na rua, quando os que iam chegar já chegaram e os que irão sair ainda não saíram, normalmente é possível me ver. Eu gosto desse horário. Sente-se uma certa liberdade no caminhar das pessoas, como se estivessem mais a vontade com a ausência de movimento.
Muito a vontade mesmo, estava o senhor que apareceu de cuecas na varanda quando eu passava do outro lado da rua. Ele saiu para abrir a porta para o gato, mas por pouco não mostrava outro animal. Não foi lá uma visão muito agradável, mas ilustra com perfeição o quão diferente pode ser a experiência de se andar por aí a essas horas.
Hoje eu mudei meu caminho pra casa. Diz-se que é bom fazer trajetos alternativos de vez em quando. Ajuda a abrir a mente, nos faz pensar nas mesmas coisas sob um novo enfoque.
Até comprei carolinas. Estavam ótimas, não guardei nenhuma pra você, S&T Master. A última eu dividi com uma vira-lata das patas compridas que me olhou com uma cara de "nunca comi uma carolina na vida", pobrezinha.
Nessas horas de semi-silêncio, em que ouve-se apenas o som dos próprios passos, a cabeça esvazia e se pensa com clareza. Deveria ser.
Mas também é a hora preferida daquelas idéias insistentes virem à tona.
Você faz de tudo para dissipá-las com brisa fresca da manhã, mas algumas vontades nunca se calam.
Só conheço uma maneira de as silenciar, para finalmente ir dormir hoje:
- Ahh, nenhum timbre faz sombra ao seu, Stanley.
Comic for 2021.12.21
Há 3 anos

2 comentário(s):
Olha que o timbre do George Peter John Criscoula é muito mais bonito, hein?
Claro, ninguém grita tão afinado e bonito como o Stan, mas o Pete tem o timbre muito mais bonito... Quem sabe se o Stan cantasse mais baixo?
Sim, você sabe que eu adoro a voz macia do Pete.
É que quando ouvimos Stanley, não é possível ouvir mais nada, nem que se queira ^~
*...ouvindo Beth*
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